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Foto:Globo News/Reprodução |
RIO DE JANEIRO - Balanço do Ministério
da Saúde divulgado nesta terça-feira (3) aponta que o Brasil tem 488 casos
suspeitos de novo coronavírus. Desde o início do monitoramento, 240 casos foram
descartados e dois, confirmados.
O
secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, lembrou
que os Estados Unidos estão na lista de países com transmissão local, mas ainda
não tinham sido incluídos na lista de alerta para viajantes brasileiros.
A partir desta
terça-feira, de acordo com Reis, ele será incluído em uma atualização que
levará o Brasil a monitorar os viajantes que chegam de 26 países. Quem voltar
de um deles, incluindo os EUA, e relatar sintomas deve ter seu quadro investigado
para avaliar um possível caso suspeitos.
“Vai aumentar muito o
número de casos suspeitos, com certeza. Estamos preparados para isso. O número
de pessoas que viajam para os EUA é muito maior do que os países que estavam
relacionados até hoje", afirmou.
Sintomas leves x
busca por médico
Apesar disso, o
secretário-executivo ressaltou que a busca por atendimento médico não deve
ocorrer em todos os casos em que houver sintomas leves ou somente para
investigar uma possível contaminação no exterior.
"Mesmo quem
tenha vindo desses países, mas tem sintomas leves ou está assintomático, não
deve buscar o posto de saúde. Se nós fizermos isso, vamos encher nossas
unidades de saúde com casos leves e assintomáticos. Nós gradativamente temos
que desmobilizar esse movimento." - João Gabbardo dos Reis,
secretário-executivo do Ministério da Saúde.
"Nesses casos, é
muito melhor que ligue para o 136 e peça uma orientação. O critério é o mesmo
de anteriormente. As pessoas quando ficavam gripadas iam todas ao posto de saúde?
Não. Nós não precisamos impor que as pessoas com sintomas leves vão a uma
unidade de saúde", afirmou Reis.
De acordo com os
representantes do ministério, com a inclusão dos EUA há expectativa de que as
notificações dos casos suspeitos aumentem. Por isso, apontam a necessidade de
reforçar que, no atual momento, devem buscar atendimento os pacientes que
viajaram para países com transmissão local e que apresentem ao menos dois
sintomas (febre e tosse ou febre e dificuldade para respirar).
100 casos
Segundo o
secretário-executivo João Gabbardo dos Reis, quando o Brasil atingir 100 casos
confirmados de coronavírus não serão investigados todos os suspeitos, apenas
situações graves.
"Não vamos
coletar amostras de todos os casos, mas continuaremos coletando amostras que
são necessárias por algum interesse epidemiológico: pacientes graves, pacientes
que tiverem internação, paciente que tem síndrome respiratória aguda",
disse o secretário.
"Mais importante
do que essa confirmação são os dados e as mudanças dos hábitos para fazerem a
prevenção, para fazer a redução da transmissão e, principalmente, o cuidado com
a assistência dessas pessoas”, disse Gabbardo.
Destaques desta
terça-feira:
O novo coronavírus já
causou a morte de 2,9 mil pessoas na China e outras 120 em outras partes do
mundo, de acordo com dados oficiais do governo chinês. Fora da China, o vírus
segue se espalhando no Irã, Itália e Estados Unidos.
A França anunciou a
quarta morte ligada à infecção e que vai confiscar estoque e produção de máscaras
de proteção.
As bolsas da China
fecharam em alta devido à queda no número de novos casos no país.
A Argentina e o Chile
confirmaram os primeiros casos.
80.302 casos
confirmados e 2.946 mortes na China (incluindo 2 em Hong Kong e 1 em Taiwan). O diretor do
departamento de oftalmologia do Hospital de Wuhan morreu de coronavírus aos 57
anos.
Pequim impôs
quarentena a quem chegar de Itália, Irã, Japão e Coreia do Sul, depois que
chineses que voltaram da Itália foram diagnosticados com coronavírus. Mais de 10 mil casos
confirmados em outros países e mais de 120 mortes fora da China.
Coreia do Sul: 5.186
casos confirmados e 31 mortes, segundo a agência coreana Yonhap.
Irã: 2.336 casos e 77
mortes, incluindo o embaixador no Vaticano, de acordo com a Associated Press.
Itália: 2.036 casos
confirmados e 52 mortes até segunda-feira (2), segundo a Reuters. O teste do
Papa Francisco deu negativo para a doença.
Estados Unidos: 102
casos confirmados e 6 mortes.
Uma escola de Nova
York suspendeu as aulas por precaução após a suspeita de um caso de coronavírus.
A França anunciou a
quarta morte ligada ao coronavírus no país. Mais de 100 escolas foram fechadas
devido à doença.
A Argentina confirmou
o primeiro caso, segundo o ministro da saúde, o paciente infectado tem
aproximadamente 40 anos e chegou em Buenos Aires, no último domingo (1), após
viagem a Itália.
Da Redação
Com informação do G1
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