Com Lula, Greenwald não imaginava, sequer, que um dia poderia ir pra na cadeira [Foto: google imagens] RIO DE JANEIRO - |
O
Ministério Público Federal em Brasília apresentou à Justiça na manhã desta
terça-feira uma denúncia criminal contra o jornalista Glenn Greenwald e outras
seis pessoas por envolvimento no cometimento de crimes relacionados à invasão
de celulares de autoridades brasileiras, informou o órgão em comunicado e na
íntegra da acusação.
Segundo
o comunicado, o MPF disse que ficou comprovado que Greenwald, embora não fosse
alvo das investigações, "auxiliou, incentivou e orientou o grupo durante o
período das invasões".
O
MP acusou os denunciados --que em sua maioria foram presos durante as
investigações da Operação Spoofing, deflagrada pela Polícia Federal-- e pede a
condenação por interceptações telefônicas e de outros aparelhos obtidos de
forma ilegal. Com exceção do jornalista, os demais também vão responder pelo
crime de lavagem de dinheiro. Greenwald também foi denunciado pelo crime de
associação criminosa.
O
conteúdo das mensagens foi objeto de uma série de reportagens desde junho do
ano passado pelo site editado por Greenwald em colaboração com outros veículos
e levantou a suspeita de que procuradores da República e o atual ministro da
Justiça, Sergio Moro, quando atuava como juiz da operação Lava Jato, teriam
atuado de forma irregular. Eles negam.
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Segundo
a acusação, na análise de um computador apreendido com autorização judicial foi
encontrado um diálogo entre o jornalista e outro denunciado. A conversa, disse
a peça, ocorreu logo após a invasão do celular de Sergio Moro.
No
áudio, segundo o MPF, esse denunciado deixa claro que as invasões estavam sendo
realizadas e pede orientações ao jornalista a respeito da possibilidade de
"baixar" o conteúdo das mensagem do Telegram de outras pessoas antes
da publicação pelo site The Intercept Brasil, comandado por Glenn Greenwald.
"Greenwald,
então, indica que o grupo criminoso deve apagar as mensagens que já foram
repassadas para o jornalista de forma a não ligá-los ao material ilícito,
'caracterizando clara conduta de participação auxiliar no delito, buscando
subverter a ideia de proteção a fonte jornalística em uma imunidade para
orientação de criminosos'", diz o MPF na acusação, ao sustentar que o
jornalista, diferentemente da tese por ele apresentada, recebeu o material de
origem ilícita, enquanto a organização criminosa ainda praticava os crimes.
O
procurador da República no Distrito Federal Wellington Divino de Oliveira,
responsável pela denúncia, vai encaminhar cópia da denúncia à Procuradoria-Geral
da República a fim de subsidiar eventual pedido de revogação de liminar
concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que impede investigações contra o
jornalista.
Da Redação
Com informação do https://www.terra.com.br/
Da Redação
Com informação do https://www.terra.com.br/
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