Gomes Silva é presidente da Associação de Pastores Evngélicos de Alagoa Grande e Região [Foto: Arquivo pessoal] |
CAMPINA GRANDE (PB) - O pastor e jornalista Gomes Silva,
paraibano de Picuí, disse neste sábado (11) ser contrário o subsídio da energia
elétrica usada pelas igrejas evangélicas por parte do Governo Federal. Ele
disse que a igreja não pode e nem deve ser mantida pelo Estado.
Aquele jornalista, que é presidente da Associação de Pastores Evngélicos de Alagoa Grande e Região, afirmou que até hoje as igrejas pagam suas contas de água e luz com
dinheiro arrecado com dízimos e ofertas e não podem mudar.
“Apesar de algumas igrejas já terem
passado por situações difíceis, chegando a ter o fornecimento de água e de
energia elétrica suspenso, o pagamento deve ser, sempre, de responsabilidade da
igreja mediante os dízimos e as ofertas recebidas de seus fiéis”, disse o
pastor.
Divulgador das ações do atual governo
brasileiro e admirador do presidente Jair Bolsonaro, Gomes Silva chamou a
atenção para “o perigo de as igrejas passarem a receber subsídios do Governo
Federal”.
“A partir do momento que o governo
passar a subsidiar a energia das igrejas passa a ter influência na
administração da mesma, causando um problema seriíssimo, pois a própria
Constituição de 1988, sobre tal assunto, assim diz: Art. 19 - É vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos
religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança,
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público”.
“O que o pode e deve ser feito”,
segundo o pastor Gomes Silva, “é o Governo Federal dá incentivo às igrejas
através das associações para elas trabalharem na recuperação de vidas, a
exemplo de drogados, meninos de rua, prostitutas e tantos outros que hoje são
alijados da sociedade e que queiram ajuda nesse sentido”.
O jornalista-pastor disse que tem
admiração pelo presidente Jair Bolsonaro, em quem votou, vota e apoia, mas não
concorda com o subsídio da energia elétrica para as igrejas, que deve continuar
sendo de responsabilidade dos seus membros. E ainda mais: “Essa posição pode
desgastá-lo muito perante à opinião pública”.
Da Redação
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