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Para
o presidente brasileiro, o educador Paulo Freire passa de um “energúmeno” da educação [Foto: Google
imagens]
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BRASÍLIA (DF) - O
presidente Jair Bolsonaro chamou nesta segunda-feira (16) de “energúmeno” o
educador Paulo Freire, patrono da educação brasileira, e declarou que a
programação da TV Escola “deseduca”.
Bolsonaro
fez as afirmações contra Paulo Freire e a TV Escola na saída da residência
oficial do Palácio da Alvorada, ao ser questionado sobre o tema enquanto
conversava e fazia fotos com apoiadores.
Na
última sexta (13), o contrato com a associação responsável por gerir a TV
Escola desde 1995 não foi renovado Em nota, o Ministério da Educação (MEC)
afirmou que estuda a possibilidade de as atividades do canal serem exercidas
por outra instituição da administração pública.
O
presidente defendeu a decisão do ministério de não renovar o contrato e disse
que a audiência da TV Escola é muito baixa.
“Você
conhece a programação da TV Escola? Deseduca”, afirmou o presidente.
"Queriam que assinasse agora um contrato, o Abraham Weintraub [ministro da Educação], de R$ 350 milhões. Quem assiste a TV Escola? Ninguém assiste. Dinheiro jogado fora”, acrescentou.
Segundo
Bolsonaro, a educação do Brasil tem desempenho ruim e avaliações por causa
“dessas programações”, com a da TV Escola que, na sua opinião, tinha uma
programação “totalmente de esquerda”, que promovia “ideologia de gênero” com
recursos públicos.
'Energúmeno'
De
acordo com o presidente, as mudanças que a sua gestão implementa terão reflexos
na educação do país num prazo entre cinco e 15 anos.
Ao
concluir o argumento, ele chamou o educador Paulo Freire de “energúmeno”
(ignorante, boçal, imbecil, segundo definição do dicionário Houaiss.
“Era
uma programação [da TV Escola] totalmente de esquerda, ideologia de gênero,
dinheiro público para ideologia de gênero. Então, tem que mudar. Reflexo, daqui
a 5, 10, 15 anos vai ter reflexo. Os caras estão há 30 anos [no ministério],
tem muito formado aqui em cima dessa filosofia do Paulo Freire da vida, esse
energúmeno, ídolo da esquerda", disse Bolsonaro.
No
mês passado, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior
(Capes) alterou a plataforma criada para os professores buscarem cursos de
aperfeiçoamento profissional e retirou a homenagem ao educador Paulo Freire do
nome. Agora, a "Plataforma Freire" se chama "Plataforma da
Educação Básica".
“Olha
a prova do Pisa. Estamos em último lugar no mundo, se eu não me engano,
matemática, ciências e português. Acho que em um ou dois itens somos os últimos
da América do Sul. Vamos esperar o que desse Brasil com esse tipo de
educação?”, completou.
Bolsonaro
estava se referindo ao Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa,
na sigla em inglês). Na mais recente avaliação, feita em 2018 e divulgada neste
mês, o Brasil não ficou em último lugar, embora o desempenho tenha sido baixo.
Entre os países da América do Sul, a Argentina ficou em último lugar.
Paulo
Freire
Paulo
Freire foi declarado o patrono da educação brasileira em 2012. O educador
desenvolveu uma estratégia de ensino baseada nas experiências de vida das
pessoas, em especial na alfabetização de adultos.
Uma
das obras de Freire, "Pedagogia do Oprimido", é o único livro
brasileiro a aparecer na lista dos 100 títulos mais pedidos pelas universidades
de língua inglesa consideradas pelo projeto Open Syllabus.
A
metodologia de Paulo Freire vem sendo criticada por integrantes do governo Jair
Bolsonaro, que atribuem ao método o baixo desempenho escolar do país em
avaliações da qualidade da educação.
Da
Redação
Com
informação do G1
Realmente tem que haver uma mudança radical na educação brasileira, a mesma tem que se atualizar. Chega de mi, mi, mi. Bota essa moçada para estudar duro para que esse país tenha um futuro melhor.
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