BRASÍLIA - Nesta
terça-feira (25/06), a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF), vai se
reunir para discutir 12 questões. Uma delas é o Habeas Corpus (HC) do
ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba. A questão
dele é a de número 5, conforme já divulgado por aquela corte.
Não
vou recorrer à opinião de especialistas, de políticos contra ou a favor de
Lula. Não. Vou falar (escrevendo) utilizando meu ponto de vista e a lógica dos
fatos recentes, que levaram os advogados de Lula a aditarem (acréscimo) na
petição inicial, que pede punição ao ex-juiz Sérgio Moro e, consequentemente, a
absolvição do condenado pelo fato de o então juiz da 13ª Vara, em Curitiba, ter
acolhido o convite do atual presidente, Jair Bolsonaro, para assumir a
titularidade do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Pois
bem. A meu ver é uma posição um tanto esdruxulas (ou esdrúxulas). Isto porque o
convite a Moro veio depois das eleições e, antes disso, nenhum hacker vermelho detectou
qualquer comunicação entre as partes ou conversa envolvendo “terceiros” com
esse objetivo. É falácia da parte interessada. Nada mais do que uma tentativa
de desqualificar o trabalho profícuo do então juiz Sérgio Moro no combate à
“prostituição pública”, ou seja, o emplacamento de sabotagens, conluios escusos
e a corrupção sistêmica em quase todos os setores públicos no País.
É
também, ao meu ver, uma tentativa de sufocar ou meter medo à equipe da Operação
Lava Jato com a anulação de algumas condenações, principalmente a de Lula. Isto
acontecendo, possibilitaria a revogação de outras condenações pelas mesmas
razões. E o próprio STF não teria moral para evitar o esvaziamento dos
presídios, que “hospedam” os principais criadores da corrupção.
A
pergunta que faço aos advogados de Lula e aos ministros do STF, contrários à
prisão em segunda instância: O erro de Sérgio Moro foi condenar corruptos? Ou
foi pelo fato de ter apenado o “padrinho” Luiz Inácio Lula da Silva?
Se
se os senhores acham que Moro errou ao sentenciar Lula com pouco mais de 9 anos
de prisão, porquê então o 4º TRF não sou aceitou a condenação como amentou o
tempo da e o Superior Tribunal de Justiça ratificou a condenação? Lembrando que
o STF teve a sua participação nesse episódio.
Fico pensando ilustres ministros: Se acatarem o pedido da defesa de Lula os senhores serão mais ridículos do que já foram nessa egrégia casa de Justiça (que me perdoem os senhores, ultimamente ela tem sido motivo de chacota, de vergonha nacional, de desconfiança na atuação de alguns ministros, que usam canetas de “cor brilhosa” para jogar na lata do lixo o brioso trabalho das polícias civil, militar e Federal, Ministério Público federal e estadual, promotores, juízes, desembargadores).
Fico pensando ilustres ministros: Se acatarem o pedido da defesa de Lula os senhores serão mais ridículos do que já foram nessa egrégia casa de Justiça (que me perdoem os senhores, ultimamente ela tem sido motivo de chacota, de vergonha nacional, de desconfiança na atuação de alguns ministros, que usam canetas de “cor brilhosa” para jogar na lata do lixo o brioso trabalho das polícias civil, militar e Federal, Ministério Público federal e estadual, promotores, juízes, desembargadores).
Como
já tomamos conhecimento, os advogados de Lula aditaram ao “HC” o uso ilegal de
informação de um suposto envolvimento de Moro com o procurador da Lava Jato,
Deltan Dellagnol, obtido por um hacker, cujas informações – não sabemos se realmente
retratam a verdade, mesmo porque elas podem ser manipuladas. E conforme a Lei
em vigor no País concernente ao fato em voga elas também não podem ser circunstanciadas
em processos nem sequer consideradas para debates ou apresentada em análise
contextual. Isto acontecendo por parte dos senhores ministros ou quaisquer
outros jurados, comprovar-se-á mais uma quebra do princípio da honestidade – ou
seja, princípio básico da sinceridade consigo mesmo e com os outros o que é um
valor fundamental na existência de cada ser humano e que se soma à verdade
interior: A honestidade com a própria consciência baseada em fatores reais e
não no desfazer de sua própria racionalidade para atender a interesses de quem
foi condenado por justa causa, conforme provas documentais.
Por
outro lado, tem-se visto alguns ministros da suprema corte verbalizando
claramente seu descontentamento com a possibilidade de o ministros Sérgio Moro
ser companheiro dele(s) no STF. Isto não é procedimento correto de um ministro.
Todos estão ali por indicação – mesmo porque não existe concurso público para tal
função, o que deveria acontecer -, e nenhum pode tomar a iniciativa de
obstacular a chegada de qualquer cidadão ao cargo, principalmente de um juiz da
capacidade inquestionável do agora ministro Sérgio Moro, quando ali têm
ministros que não merecem o devido respeito, sobretudo quando dão uma de
legislador – o que não é a sua função.
Apesar
do descrédito que alguns ministros conquistaram perante à opinião pública,
espera-se que o STF realmente cumpra o seu papel autônomo, conforme apregoava “um
certo” intelectual chamado Rui Barbosa.
O
autor é jornalista
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