Paulo Victor Chagas - Repórter da
Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff |
A presidenta Dilma Rousseff
voltou a pedir o apoio de religiosos no combate ao mosquito Aedes aegypti,
transmissor da dengue, da gripe chikungunya e causador da microcefalia em
bebês. Ao se reunir hoje (18) com mais
de vinte lideranças evangélicas, ela fez novamente um apelo para que as igrejas
colaborem nos trabalhos de conscientização dos cuidados e da necessidade de
eliminação do inseto.
Segundo o apóstolo César Augusto,
presidente da Igreja Apostólica Fonte de Vida, as representações evangélicas
pediram ao governo apoio logístico para que possam auxiliar nas ações. Ele
disse, porém, que as igrejas já estão fazendo trabalho de convencimento dos
fiéis quando promovem visitas às casas.
“Cada igreja vai fazer a produção
de seu próprio material. Estamos esperando que o governo nos chame para ter esse
apoio. Pedimos, mas ainda não temos essa resposta”, afirmou. De acordo com o
apóstolo, Dilma demonstrou preocupação com o aumento dos casos de infecção pelo
zika, e destacou a necessidade de todos se unirem.
Cesar Augusto conversou com
jornalistas após participar do encontro no Palácio do Planalto. Na semana
passada, a presidenta já havia feito o pedido a diferentes denominações
religiosas cristãs (LINK). De acordo com César Augusto, 60% do segmento
evangélico estava representado na reunião. Ao todo, segundo ele, 43 milhões de
pessoas frequentam igrejas evangélicas.
Diante do aumento dos casos de
microcefalia em bebês de mulheres que
contraíram o vírus Zika, o debate sobre o aborto voltou à tona entre
especialistas e religiosos. O apóstolo disse que a presidenta e os líderes
religiosos não conversaram sobre o tema, mas ele se posicionou contra a
liberação do aborto, em qualquer hipótese: “Sou contra o aborto. Temos que
combater o vírus, não a vida”.
De acordo com o apóstolo, a
igreja Fonte da Vida possui uma posição, que é repassada aos fieis: “Nós
orientamos, hoje, as pessoas a evitar engravidar, enquanto passa este momento.
Que tenha sexo conforme a vontade de cada um. Use seu preservativo e tudo bem”.
Edição: Jorge Wamburg
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